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  • Foto do escritorBrunno Lifonso

THE SLOW RUSH: O OLHAR NOSTÁLGICO DE KEVIN PARKER

Atualizado: 29 de dez. de 2023

Muito vem se falando do novo disco do Tame Impala "The Slow Rush". E a pergunta que fica é: no que acreditar?


Lançado no último dia 14, após meses de expectativa, o novo álbum produzido pela as mãos mágicas de Kevin Parker, vem com um nova roupagem, mais sentimental e mais dançante.


Misturando referências do disco music, jazz, rock psicodélico e lounge, "The Slow Rush" faz com que a primeira impressão do LP seja realmente um pouco estranha, mas nada que após 2 faixas as coisas não consigam se encaixar em sua mente.


E um fato interessante sobre a criação de novos álbuns vindos de Kevin Parker, é que para surgir novas composições ele precisa estar em um momento sentimental bem forte, como já citado em algumas entrevistas ao longo de sua carreira. A tristeza, nostalgia e saudade são elementos que fazem com novas letras e batidas surjam em sua mente.


E é nessa vibe que ele traz os novos sons do Tame Impala á tona, mas dessa vez com toques de Dance e Disco Music dos anos 70.


Fonte: divulgação internet

Na faixa "Instant Destiny", o frontman conta uma história de um cara que está tão apaixonado por uma pessoa, que cometeria loucuras por ela, como por exemplo, se casar, comprar uma casa em Miami e tatuar o nome dela em seu braço.

A letra traz o lúdico e fantasioso momento em que estamos loucamente apaixonados, mencionando que nem mesmo o trânsito mais chato poderia lhe deixar para baixo.


Já em "One More Year", Kevin traz um pensamento sobre a vida monótona que vivemos diariamente, falando sobre pensarmos em querer mais um ano de vida para poder realizar os sonhos e desejos que parece nunca se concretizar.


E em entrevista para a Apple Music, Kevin Parker citou que para esse álbum o processo foi um pouco diferente do habitual, isso porque dessa vez ele começou através de sua voz e não a partir das batidas da bateria como costuma fazer sempre nas suas produções. Além disso, ele também falou sobre a fonte de inspirações para as suas criações, mencionando que elas fazem parte do que ele já ouviu e viveu há anos atrás, trabalhando com a nostalgia e não com fatos recentes.


A clássica faixa experimental que sempre está presente nos álbuns do Tame Impala, também fez a sua aparição no novo álbum, mas dessa vez reduzido a menos da metade, já que há apenas 1 faixa dedicada a esse momento do disco, intitulada "Glimmer".


O novo LP traz faixas diferentes, com uma pegada nova, mas sem deixar de ser quem é o Tame Impala, com faixas especiais, músicas que nos fazem viajar e singles dançantes e mais voltadas para o pop comercial, como é o caso de "It Might Be Time" e "Lost In Yesterday", citado pelo próprio Kevin como uma música feita para ser comercialmente atrativo e pop.



E assim como todo álbum que é lançado, a dica que fica é a mesma: Ouça e faça as suas próprias conclusões.


No começo acreditei se tratar de um disco de praia, onde teria elementos que nos faria dançar e curtir um sol em frente a uma piscina, mas chegando no final do disco acabei percebendo que esse 4° álbum tem um roupagem mais nostálgica e afetiva, algo que nos dá uma sensação de faixas mais livres, principalmente com os sintetizadores e o toque das batidas leves presente em algumas faixas, diferente do que foi "Currents", onde tínhamos muito mais baladas para curtir com os amigos.


Esse novo disco é diferente, mas é muito bom e merece bastante atenção. E como já citamos em um dos nossos textos, a inspiração muda com o tempo, e parece que dessa vez a inspiração de Kevin Parker foi bastante dançante, já que podemos notar durante o álbum as referências ao Dance Music dos anos 70 e 80, dando esse toque novo ao LP.


Mas e aí? No que acreditar?


Se fosse pra apostar em uma direção, eu diria para que vocês acreditem na sua própria conclusão. Porque só assim para sentirmos o que realmente o autor quis nos passar através de 12 faixas que o "The Slow Rush" nos traz.

 

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Texto por: Brunno Lifonso

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