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UMA HORA TODO MUNDO CRESCE

Atualizado: 4 de set. de 2020


Nesse final de ano muitos dizem adeus ao tão sonhado ensino médio. Isso significa uma mudança de vida, um giro naquilo que foi comum durante tantos anos.

Para muitos (mas não para todos), o próximo ano é uma carta convite para a faculdade, para outros o do emprego para sustentar as idéias adultas. Porém, antes mesmo de dizer "bye, bye" devemos recapitular todos os momentos que vivemos até aqui.

A escola é um momento de autoconhecimento, é um momento complicado, muitos são julgados, outros julgam, mas não estamos aqui pra falar sobre isso.

O tema hoje é uma viagem no tempo através da música, mais especificamente utilizando 3 personas super conhecidas: Julian Casablancas (Strokes), Alex Turner (Arctic Monkeys) e Kevin Parker (Tame Impala).


Agora imagine você, um adolescente (praticamente adulto) no auge dos seus 17 á 20 anos, vivenciando cada momento como se fosse o único, a bebida alterou todo o seu sentido, talvez alguns amigos foram embora da sua vida, você ainda tem o telefone da sua ex, a saudade e nostalgia batem juntos no coração e uma música de fundo faz tudo parecer um vídeo clipe.


Parece mesmo ser um retrato típico de twitter após um rolê daqueles neh?

Pois então, as nossas personas falam sobre praticamente disso em suas músicas, cada um com a sua particularidade, com o seu momento, com a sua idade e em anos distintos.


Alex Turner, nos seus 19 anos escreve sobre a vida adolescente na Europa, usando Reeboks, bebendo Heinekens e latas de Budweiser com os seus amigos, se apaixonando, lembrando dos seus momentos de escola e aventuras vivenciadas, tudo ao som de Beatles e Strokes.


Julian Casablancas, já consagrado, começando a viver na indústria massiva da música, continua escrevendo sobre a vida nada fácil de um adolescente quase adulto em Nova York, no final dos anos 90, inspirados por vários estilos que em volta dele sobrevoava.


Kevin Parker, o gênio por trás da psicodelia nos anos 2010's, fala sobre viagens nada convencionais, amores, amigos, perdas, registros e um resgate de momentos antigos de sua vida na Austrália.

Mesmo assim ainda não entrei na sua mente não é mesmo?

O fato é que essas três pessoas tiveram o mesmo momento alguma vez em suas vidas, escreveram sobre, conquistaram um público, e hoje fazem parte de muitos momentos na vida de alguém no globo terrestre.


Esses 3 ícones, hoje estão velhos, alguns não escrevem como antes, outros começaram a ser uma nova personalidade e do outro lado, um se tornou um grande produtor.


E exatamente como é na nossa vida, nós tivemos momentos de alegria, tristeza e saudades, escrevemos versos na carteira, publicamos status no WhatsApp ou gravamos um vídeo no Instagram.


E para essas três personas, o mundo já girou, o moy de felicidade já bateu, amigos foram embora, ligaram para ex, se formaram e se tornaram adultos. Um novo ciclo nasce para essas pessoas, na real, já nasceu há muito tempo.


Bora analisar:

Alex Turner, 33 anos

Kevin Parker, 33 anos

Julian Casablancas, 41 anos


A idade chega para todos, e vemos esse amadurecimento finalmente desbrotar. A começar por Julian, que deu uma pausa longa dos Strokes e criou uma nova banda chamada The Voidz, nada nostálgica ou adolescente, como em meados de 2002.

Fonte: divulgação internet

Kevin Parker, que lançou recentemente uma música com trechos: "Talvez seja a hora de encarar"/ "Não é mais divertido como costumava ser"/ "não é mais jovem como costumava ser". It Might Be Time (Talvez seja a hora), uma música que retrata mudanças, o loop da vida, a ligação que faltava para perceber que nada é igual como antes.


Alex Turner e o seu tão falado álbum do Arctic Monkeys, "Tranquility Base Hotel + Casino", que nos mostra a evolução do ser Alex, que costumava escrever sobre rolês e saudades, mas que agora encara a idade atrás de um piano, escrevendo sobre referências a filmes dos anos 80 e um estilo de tiozão do churrasco, além da sua barba, que nunca havia aparecido.

Fonte: Neil Bedford

A idéia e pensamento que deixo hoje, é sobre aproveitar cada momento intensamente, gravar, tirar fotos, escrever um verso num guardanapo, mandar cartas, se declarar ou quem sabe lançar um projeto.


Faça tudo isso e muito mais, e o resto fica pra história. Não deixe que a idade bata na sua porta de surpresa, aceite os fatos.


O seu músico cresceu, as referências são diferentes agora, a sonoridade, identidade e momentos são outros, aceite que todo mundo uma hora tem que crescer.


Mas sabe o que nunca fica velho?! A música! Ela sim, vai estar sempre se renovando, mesmo sendo lançada há 40/30/20 anos atrás.


Nós estamos próximos da virada da década, já pensou como vai marcar a sua própria vida amanhã?


para+acesse: @hoptelevision


texto por: Brunno Lifonso

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